Transtorno do Pânico

O transtorno do pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado pela ocorrência recorrente e inesperada de crises de pânico (ataques de pânico), acompanhadas de medo intenso de morrer ou perder o controle, mesmo na ausência de perigo real.

Após os ataques, o paciente desenvolve ansiedade antecipatória, ou seja, medo persistente de sofrer novos episódios, o que pode levar à evitação de locais ou situações.

A fisiopatologia do transtorno do pânico envolve uma interação complexa entre sistemas neurobiológicos, genéticos e psicológicos. Os principais mecanismos incluem:

1. Disfunção dos sistemas de resposta ao medo

Ativação excessiva da amígdala (estrutura cerebral ligada à detecção de perigo)
• Hipersensibilidade no locus coeruleus (centro de alerta, produtor de noradrenalina)
• Disfunção no córtex pré-frontal (regulador do medo)

2. Alterações neuroquímicas

Desequilíbrio nos neurotransmissores.

3. Sensibilidade aumentada às sensações corporais

• Indivíduos com pânico tendem a interpretar sensações normais (como palpitações ou tontura) como catastróficas, ativando um ciclo de medo e sintomas físicos.

Sintomatologia – Ataques de Pânico

O ataque de pânico é um episódio súbito de medo ou desconforto intenso que atinge o pico em cerca de 10 minutos e pode durar de 10 a 30 minutos. Para ser considerado um ataque de pânico, pelo menos quatro dos sintomas abaixo devem estar presentes:

Sintomas físicos:

• Taquicardia ou palpitações
• Sudorese intensa
• Tremores
• Sensação de falta de ar ou sufocamento
• Dor ou desconforto torácico
• Náuseas ou desconforto abdominal
• Tontura, instabilidade ou desmaio
• Calafrios ou ondas de calor
• Parestesias (formigamento)

Sintomas psíquicos:

Medo de perder o controle ou “enlouquecer”
• Medo de morrer
• Desrealização (sensação de irrealidade)
• Despersonalização (sentir-se fora de si mesmo)

Rolar para cima